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11 setembro 2016
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Setor calçadista e têxtil têm perspectiva de recuperar exportações em 2016

Setor calçadista e têxtil têm perspectiva de recuperar exportações em 2016

A indústria calçadista brasileira terminou 2015 com queda nas exportações, mas com a perspectiva de verificar uma recuperação dos embarques a partir de janeiro, motivada pelos efeitos da desvalorização do real.

Segundo números divulgados pela Abicalçados (Associação Brasileira das Indústrias de Calçados), os primeiros resultados do cenário favorável às exportações já começaram a aparecer. O faturamento do setor com as vendas externas em dezembro, de quase US$ 120 milhões, foi 60% maior que o de novembro.

A expectativa positiva para 2016, porém, não se estende ao comércio com a Argentina. De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Calçados (Abicalçados), Heitor Klein, levará pelo menos dois anos para que a atitude do presidente eleito argentino, Mauricio Macri – mais inclinado ao liberalismo econômico, beneficie os exportadores.

“Num primeiro momento, a situação não deve melhorar, talvez fique até mais difícil do que está hoje, porque certamente o novo governo vai aplicar medidas fortes de ajuste fiscal, inclusive assumindo uma desvalorização do peso argentino com relação ao dólar. Isso vai fazer com que as exportações (de produtos para a Argentina) fiquem mais caras e, portanto, diminuam de volume”, explicou.

Já no médio e no longo prazo, a percepção é de que haverá um ambiente de negócios favorável.
O setor calçadista é um dos mais interessados na melhoria da relação com o país vizinho. A Argentina é, historicamente, o segundo maior destino das exportações brasileiras de calçados – fica atrás somente dos Estados Unidos. Só que, nos últimos anos, o Brasil perdeu um espaço valioso no mercado argentino.
Segundo Klein, até o início desta década o Brasil fornecia 70% dos calçados importados pela Argentina. Os outros 30% do mercado eram abocanhados por China e Vietnã.

De lá para cá, esta proporção se inverteu. Hoje, ele diz, 70% dos calçados importados pelos argentinos saem da Ásia e 30% do Brasil. Só neste ano as exportações de calçados do Brasil para a Argentina caíram 20%, segundos dados da Abicalçados.

Para o diretor da agência GR1000, Luiz Guimarães, o bom resultado da indústria calçadista é devido à alta do dólar, o que facilita a exportação. “Talvez seja o momento favorável para a exportação, temos que enxergar a alta da moeda americana como uma válvula de escape para o aumento das exportações”, disse Guimarães.

Setor Têxtil
De acordo com a Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção) o faturamento do setor têxtil e de confecção deve subir 5% neste ano, para R$127 bilhões, depois de uma queda de 4% em 2015.

Segundo dados divulgados da Abit, em 2015, as importações de têxteis e confeccionados tiveram queda de 17,4% (US$ 5,85 bi) e as exportações diminuíram 8,2% (US$ 1,08 bi). Já o déficit na balança comercial foi de US$ 4,8 bi, número 18,6% menor que o registrado em 2014 (US$ 5,9 bi), em que as importações tiveram um aumento de 4,8% (US$ 7,08 bi) e as exportações apresentaram queda de 6,7% (US$ 1,18 bi).

Para 2016, a perspectiva é de o déficit da balança comercial seja de US$ 3,4 bi, com uma queda de 22,4% (US$ 4,5 bi) nas importações e um aumento de 1,5% (US$ 1,1 bi) nas exportações do setor. O setor têxtil voltará a crescer com o aumento das exportações e com a substituição de importados na indústria nacional.

Fonte:  Informações Abit  e Abicalçados,  adaptado pela Cargo News




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