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28 dezembro 2019
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Presidente da Câmara de Comércio apresenta ideias e próximos passos

Luis Augusto Barbosa Cortez fala sobre projetos para 2018

Luis Augusto Barbosa Cortez presidente concedeu uma entrevista à Cargo News e falou sobre as perspectivas do setor, melhorias e também sobre uma nova plataforma que pretende criar com o auxílio de crowdfunding

Segundo o presidente, a universidade pode e deve colaborar mais com o desenvolvimento sócio-econômico no país

Em abril do ano passado, a Câmara de Comércio Exterior de Campinas e Região (CCC&R) elegeu o então vice-presidente, Luís Augusto Barbosa Cortez, para o cargo de presidente da instituição. Cortez ocupou o cargo de vice-reitor de Relações Institucionais e Internacionais até maio de 2017 e de professor titular da Faculdade de Engenharia Agrícola da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) até dezembro passado.

Com diversas questões ligadas à academia e ao comércio exterior nacional, o presidente concedeu uma entrevista à Cargo News, em que falou sobre as perspectivas do setor, melhorias e também sobre uma nova plataforma que pretende criar com o auxílio de crowdfunding. Confira abaixo.

Quais são os projetos mais urgentes para o segmento de comércio exterior na sua visão?

A gente tem que atuar em frentes, como nas grandes empresas, de preferência nacionais. É uma falha, por exemplo, não termos empresas automobilísticas brasileiras, vendemos aço, mas não fazemos carro. Vendemos etanol, mas não globalizamos o etanol, nosso comércio exterior nesta área é muito pequeno. Temos que pegar certos produtos e ver a inserção mundial nesses mercados. Por exemplo, café, quem tem que mandar no café somos nós. Uma em cada três xícaras tomadas no mundo é brasileira, mas nós não mandamos no big business do café.

Trazendo a questão para a nossa região?

Já fizemos um grande trabalho com o Agropolo, mas ele ainda não está falando muito de negócio. Nós temos que ter algo sincronizado, Prefeitura, institutos de pesquisa, e fazer uma incubadora, focada em coisas estruturais na nova “Bioeconomia”. Por exemplo, no ramo de alimentos nós não podemos ficar simplesmente exportando grãos para a China, temos que fazer marcas, o mundo tem que comer carne, frango, porco, peixe brasileiro, nós temos que acreditar nisso. Existe um inegável esforço da parte de instituições como o IAC e o ITAL mas muito mais ainda pode e deve ser feito.

A RMC é uma das regiões mais importantes do Brasil, o que pode ser feito? A Câmara tem alguma proposta?

Ainda não, mas estamos trabalhando em uma proposta. Este ano queremos montar uma plataforma mista de grandes e pequenas empresas que funcionará possivelmente por meio de crowdfunding, uma espécie de fundo para negócios em bioeconomia, um modelo agregador desde o início, para o qual buscamos parceria com a Fapesp e queremos a participação das empresas.

Essa plataforma poderia fazer parte de um trabalho da Câmara de Comércio, então?

Estamos em conversa para ver se a câmara trabalha junto com as incubadas aqui de Campinas, o que deve ser decidido em 2018, e eu esperamos que a gente consiga alinhar essas questões com Prefeitura e Agropolo. Ninguém está preparado para mudar de status, a nossa função vai ter que ser criar algo novo e passar para as pessoas uma segurança de que o novo modelo melhor do que o antigo. Atuaremos em cinco frentes: agricultura, alimentos, saúde, química verde e energia. É como se fosse uma pirâmide: a base é a energia, que tem menos valor agregado. Depois você vai, por exemplo, química verde, agricultura, alimentos e saúde. Temos que pensar em coisas estruturais, que estão emperrando o conjunto. A nossa missão como Câmara é ver onde temos que destravar.

Do que se trata a nova plataforma que a Câmara deseja criar?

É um ambiente em que as pessoas vão a procura de negócios, temos que ampliar a agenda positiva. Temos que pensar grande, o nosso país é um país grande, tudo aqui tem que ser feito para várias pessoas, como por exemplo, um aeroporto em São Paulo tem que ser condizente com a número da população, não pode fazer uma coisa tímida. Para fazer estradas, não temos ainda conseguido o devido planejamento. Quem faz “puxadinho” vai ficar sempre fazendo “puxadinho”, tem que fazer mudanças estruturais. Está na hora de abrir o mapa do Brasil e pensar o que se pretende para o território, que tipo de economia nós queremos criar aqui dentro. Nós somos competitivos em commodities agrícolas e minério de ferro, mas a Holanda, por exemplo, exporta três vezes mais do que o Brasil, que é um país de 15 milhões de pessoas, e eles tem foco nos produtos finais de maior valor agregado. O Brasil tem que ter projetos de inserção no mundo.

O senhor teve um passado na da vida acadêmica, quais são os desafios que enxerga nessa área atualmente?

A universidade pode e deve colaborar mais com o desenvolvimento sócio-econômico no país. A universidade pública paulista dispõe dos cérebros necessários para ajudar nesse projeto de país e pode participais mais, por exemplo ampliando suas vagas, participando mais dos governos e, porque não, das empresas.

 




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