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NetWork: Fazendo história no Comércio Exterior
Consolidada como pólo exportador e logístico, São José dos Campos receberá, em junho, a quinta edição do Logisvale

Érica Amores, jornalista, Mônica Costa, publicitária e Carlos Honorato, diagramador
    Nem os juros altos, nem a desvalorização do dólar e a política econômica do país, que vem dificultando a vida dos exportadores, foram capazes de impedir que São José dos Campos se mantivesse como a segunda maior cidade exportadora em 2005. O município exportou ao longo dos doze meses do ano passado um total de US$ 4,947 bilhões, segundo dados da Secex - Secretaria de Comércio Exterior - ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Ficou somente atrás da capital São Paulo, que exportou US$ 5.604 bilhões no mesmo período.
    A balança comercial da cidade também apresentou índices saudáveis. O superávit da cidade foi igual a US$ 2,328 bilhões. Saltou da terceira posição em 2004 para a segunda posição em 2005.

    Razões para o sucesso

    Uma das razões para que São José dos Campos se mantenha na liderança das exportações no Brasil é o potencial latente dos parques industriais e tecnológicos que começaram a ser instalados na região no início da década de 50. O CTA - Centro Técnico Aeroespacial- que mais tarde se tornou o ITA - Instituto Técnico Aeroespacial - instalado em 1950, e a Rodovia Presidente Dutra, inaugurada em 1954, abriram um atrativo para novas empresas. O Secretário de Desenvolvimento de São José dos Campos, Riugi Kojima, ressalta a importância deste período no nascimento do potencial exportador de São José dos Campos. “A década de 50 foi de fundamental importância para o desenvolvimento de nossa cidade. Até aquele momento São José contava com as cerâmicas de grande porte, a Tecelagem Paraíba e a Rodhia. Depois vieram as multinacionais General Motors, Ericsson, Jonhson & Jonhson e Kodak. E, em razão direta da presença do CTA e do ITA, surgiram as primeiras empresas do setor aeroespacial como Neiva, Avibrás e Aerotech. Finalmente, em 1970, foi criada a Embraer”, lembra Kojima.
    Segundo ele, a Prefeitura de São José dos Campos tem uma série de benefícios para a instalação de novas empresas dentro dos limites do município. Estes benefícios vão desde a isenção do IPTU para indústrias, utilizando critérios como número de empregos que serão criados, por exemplo. Para operação de transmissão de imóveis ligados aos loteamentos industriais e condomínios industriais há isenção do ITBI. Para microempresas e empresas de cadeias produtivas consideradas de grande interesse para o município, a alíquota do ISS cai para 2%, tanto para as empresas novas quanto para as já instaladas.

    Localização Privilegiada

    O pólo tecnológico criado pelo ITA e a Rodovia Presidente Dutra não foram os únicos motivos que atraíram grandes indústrias para os arredores de São José dos Campos. A cidade se encontra no Vale do Paraíba, entre São Paulo e Rio de Janeiro, os dois maiores centros econômicos do país. Por isso, é servida pelo emaranhado de rodovias como dos Tamoios, que liga São José ao Porto de São Sebastião, no litoral paulista, Rodovia Carvalho Pinto e Dom Pedro I, que aproximam a região de terminais aéreos como o Aeroporto Internacional de São Paulo/ Guarulhos e Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP).
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